“Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Mateus 19:4-6.
Unicamente onde Cristo reina pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então uma pessoa e outra se amalgamarão, e as duas vidas se fundirão em harmonia. – A fé pela qual eu vivo, p. 252.
Existem, porém, poucos casais que estão completamente unidos ao ser realizada a cerimônia matrimonial. A fórmula das palavras pronunciadas na presença dos dois que tomam sobre si o voto matrimonial não os torna uma unidade. Em sua vida futura é que deve realizar-se a união dos dois em matrimônio. Pode tornar-se uma união realmente feliz, se cada qual dedicar ao outro verdadeira afeição do coração.
O passar do tempo, entretanto, despoja o casamento do romance de que o revestira a imaginação, e então, por sugestão de Satanás, insinua-se no espírito o pensamento: “Não nos amamos mutuamente como o supúnhamos.” Expeli-o da mente! Não vos demoreis nele! Recuse cada qual, esquecido de si mesmo, entreter as ideias que Satanás teria grande prazer em que acariciassem. Ele atuará para vos tornar suspeitosos, ciumentos quanto a qualquer coisinha que apresente a menor ocasião, a fim de separar vossas afeições mútuas. [...] Desaparecido o romance, pense cada qual, não de modo sentimental, como ele ou ela poderá tornar a vida conjugal aquilo que Deus teria prazer que fosse.
A vida é preciosa dádiva de Deus, e não deve ser desperdiçada em egoístas lamentações ou aberta indiferença e desafeição. Que marido e mulher, juntos, combinem tudo de novo. Renovem as primeiras atenções mútuas, reconheçam mutuamente suas faltas, mas nesta obra sejam muito cuidadosos para que o marido não se incumba de confessar as faltas da esposa, ou esta as do marido. Resolvam ambos ser tudo que for possível um ao outro, e os laços do matrimônio serão os mais desejáveis dos laços.
Vosso lar pode ser um símbolo do Céu. – Nos lugares celestiais, p. 203.