Fui criada sem minha mãe, por motivos de separação fiquei com meu pai. Eu tinha 4 anos quando passei por essa situação e, foi muito difícil crescer sem sentir o carinho e o amor de minha mãe. Não sei explicar como cresci com um desejo enorme de ser mãe, aliás, Deus foi muito misericordioso comigo e não senti nenhum tipo de revolta pela ausência desse amor em praticamente toda a minha vida.
Quando casei, não pensei duas vezes, engravidei, tinha 20 anos quando nasceu meu primeiro bebê. E agora? Como transmitir um amor que não tive? Deus e meu extinto materno foram minha salvaguarda. Consegui transmitir todo amor que recebi para meu bebezinho. Por isso digo que, muitas vezes, podemos tirar coisas boas de situações ruins que nos acontecem. Talvez eu não tivesse esse desejo tão aguçado se não houvesse faltado esse amor em minha vida.
“Os pais não se devem esquecer dos anos de sua infância, de quanto anelavam simpatia e amor, e como se sentiam infelizes quando censurados e repreendidos com irritação. Devem ser novamente jovens em seus sentimentos, e levar a mente a compreender as necessidades das crianças.” LA - Pag.196
“Pais, dai a vossos filhos amor; amai-os no berço, na infância, na juventude. Não lhes fecheis a fisionomia, mas mostrai-lhes uma face radiante.” LA - Pag.196
Todo o tempo Deus transformou minha dor e carência em amor e gratidão, por isso O louvo a cada dia por tudo. Em tudo dai graças.
Mendes/RJ