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- Quando: 23/11
- Em: Curiosidades
Graça e paz caros estudantes da Palavra de Deus. Hoje iniciamos o estudo do 38º livro da bíblia, o livro do profeta Zacarias.
Zacarias, que significa “O Senhor se lembrou”, profetizou em Judá do ano 521 antes de Cristo em diante, após a volta do povo judeu do cativeiro Babilônico sob o decreto de Ciro, que aconteceu por volta de 538 antes de Cristo. O decreto dizia que todos aqueles que desejassem retornar a Jerusalém para reconstruir o templo tinha permissão de o fazê-lo. Desta forma, ao retornar do cativeiro, o povo começou a reconstruir o templo, mas com o passar do tempo esse trabalho foi sendo deixado de lado, e o povo começou a esquecer-se do serviço a Deus. A obra de reconstrução ficou paralisada por cerca de 14 anos. Então Deus enviou os profetas Ageu e Zacarias que em 520 antes de Cristo. apresentaram mensagens de advertências, ânimo e esperança aos seus compatriotas para que retomassem a tarefa.
Novas dificuldades surgiram e a obra foi interrompida novamente, ao que muitos tiveram com uma indicação de que Deus não estava abençoando o trabalho, e aí se fez necessária nova intervenção dos profetas que tentaram despertar a nação da sua indiferença, e assim sucedeu, com as atividades novamente sendo reiniciadas em 516 antes de Cristo.
Através das visões e mensagens enviadas por Deus, o profeta Zacarias inspirou esperança no coração do povo. Suas mensagens não eram somente para o tempo deles, ele apresentou também profecias ligadas ao reino eterno de Cristo, a ser estabelecido no futuro.
Da mensagem do livro de Zacarias podemos destacar lições mesmo para os nossos dias, e pessoais a todos nós, e podemos destacar uma, que é: Até em momentos de desilusão e desespero, Deus está levando a cabo seu plano. Deus nos protege e nos guia. Devemos confiar nEle. Devemos segui-Lo.
Os capítulos que estudaremos hoje, fazem parte da primeira seção do livro, que apresenta visões relativas à reconstrução do templo. Vamos para um breve panorama dos 5 primeiros capítulos:
O primeiro capítulo tem início com uma exortação ao arrependimento, salientando a imutabilidade da Palavra de Deus, e as ações do Senhor no passado para com os seus antepassados. Após essa introdução temos o desenvolvimento de uma série de profecias, sendo a primeira uma visão de quatro cavaleiros montados em cavalos de cores diferentes, que percorrem a terra. Esses cavaleiros levam notícias de que a tranquilidade pairava sobre a terra, mas tranquilidade entre as nações, menos sobre o povo de Deus, que não havia reconstruído ainda a casa do Senhor, ao que o próprio Senhor os anima, fazendo promessas de bençãos.
A profecia seguinte apresenta, ainda no primeiro capítulo, a partir do verso 18, quatro chifres, simbolizando as forças que destruíram o reino de Judá, e em seguida 4 artesãos, que servem como instrumento de correção contra aqueles quatro chifres que outrora serviram com instrumento de correção contra Judá. E aqui é interessante notar como Deus se serviu de nações ímpias, pagãs para corrigir o seu próprio povo e da mesma forma o Senhor pode fazer conosco, ao usar de expedientes diversos para nos colocar no trilho certo da jornada rumo ao céu.
No capítulo segundo encontramos a terceira visão desta série iniciada no capítulo anterior. Zacarias vê um homem que mede a cidade de Jerusalém. Nesta profecia se revela que em algum dia a cidade estaria repleta de pessoas e Deus mesmo seria uma muralha ao redor da cidade. Nos faz lembrar das promessas de proteção e cuidado que o Senhor nos dá, e de forma especial revelados em alguns dos salmos onde esta característica de cuidado do Senhos para com o seu povo é ressaltada.
O capítulo 3 apresenta a quarta visão do profeta Zacarias, onde o sumo sacerdote de Jerusalém daqueles dias, Josué, é apresentado como tendo roupas sujas, demonstrando de forma simbólica que todos nós, por mais corretos que sejamos na vida, mas sem a justiça de Cristo, estamos sujos, imundos. Mas diante da revelação do estado de imundícia, o Anjo declara: Eis que Eu tirarei de ti o teu pecado.
Da mesma forma temos essa promessa da parte de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele quer nos purificar, nos limpar de todos os pecados, quer conceder a Sua justiça a todos nós. Precisamos aceitá-la.
No capítulo 4 encontramos a quinta visão desta série, e é interessante ressaltar que anjos interpretam o seu significado, dando a entender cada detalhe dessas visões. É uma visão bastante conhecida na qual apresenta um candelabro, com um recipiente para azeite, 7 lâmpadas ligadas ao recipiente de azeite com 7 tubo, ligados a esse recipiente ainda foi mostrado duas oliveiras. O óleo é símbolo do Espírito Santo, que alimenta nos alimenta constantemente e nós recebendo devemos iluminar aqueles que estão ao nosso redor. Desta profecia aprendemos que só mediante o Espírito Santo que teremos êxito na realização da obra de Deus, não por nosso poder, sabedoria ou recursos. Precisamos estar ligados ao Espírito Santo e constantemente ser abastecido por Ele, mediante estudo das escrituras e uma vida de devoção e oração.
E, para fechar, no quinto capítulo, temos a sexta e sétima visões desta série. Na sexta visão, o profeta vê um rolo voando, com inscrição de maldição contra os que juram falsamente em nome de Deus e contra os ladrões. Estas são violações contra mandamentos da lei de Deus, problemas daquele tempo, e muito presentes no presente.
A sétima profecia, uma das mais enigmáticas das visões do profeta Zacarias que apresenta uma mulher dentro de um sexto, com tampa de chumbo. Este cesto é levado para a Babilônia, local onde seria erigido um templo. O cesto simboliza a iniquidade, a mulher a impiedade, inclusive vale ressaltar que quase todas as religiões pagãs da antiguidade adoravam divindades femininas e por muitas ocasiões o povo de Deus foram arrastados aos cultos pagãos dessas deusas. O culto a estas divindades, e qualquer outra que surja deve ser banido de entre o povo de Deus. Jesus declarou a Satanás “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto”. Quando pensamos nisto somos tentados a pensar somente na idolatria antiga, pessoas se encurvando diante de uma estátua. Mas muitas outras coisas sutis podem estar tomando o lugar que somente cabe a Deus, seja família, prazer, trabalho, o próprio eu. Qualquer que seja o “deus” que está assentado no trono do nosso coração, deve ser carregado para bem longe, deve ser destruído para que o nosso Deus, único e sobre todos reine em nós.
Que a Graça do nosso Senhor Jesus Cristo habite em nossos corações. Amém!