

Mosheim, comenta:
- Os Pobres Homens de Leon, cresciam dia após dia, inutilizando todas as tentativas que eram feitos para exterminá-los. Muitos deles, portanto, tendo observado que grande número de seu partido eram mortos pelas chamadas e outras perseguições, fugiram da França, Itália e Alemanha, para a Boêmia e países próximos, onde eles posteriormente se associaram com os hussitas e outros dissidentes de Roma
Os valdenses subsistiam em várias províncias da Europa, mais especialmente na Pomerania, Brandesburg, o distrito de Magadsburgh e Turíngia em cujos lugares eles tinham um considerável número de amigos e seguidores. De autênticos registros ainda não publicados compreende-se que uma grande parte dos adeptos deste perseguido grupo, nos países acima mencionados, foram descobertos pelos inquisidores, entregues por eles aos magistrados civis, que os lançaram à fogueira. -
William Jones, comenta:
Em 1457 os remanescentes dos hussitas uniram-se em uma sociedade com o nome Unitas Fratrum , ou irmãos unidos. Ao mesmo tempo ligaram-se a uma disciplina na igreja, resolvendo sofrer todas as coisas por causa da consciência, e ao em invés de se defenderem como os taboritas haviam feito pela força das armas, resolveram que suas únicas armas seriam a oração e o diálogo, contra a ira de seus inimigos. - Crantz's History, part. II, p. 23.
Foram perseguidos por toda parte. De acordo com o testemunho de um dos seus piores inimigos "eles criaram profundas raízes e estenderam seus galhos longe e extensivamente de tal forma que era impossível extirpá-los. "
No ano 1500 havia 200 congregações de Irmãos Unidos na Boêmia e Morávia. Muitos condes, barões e homens nobres, uniram-se às suas igrejas e construíram para eles templos nas cidades e vilas. Tinham traduzido a Bíblia na língua boêmia e a imprimiram em Veneza. Outras traduções foram impressas em Nuremberg. Verificando porém que a demanda pelas Escrituras Sagradas aumentava, eles estabeleceram uma gráfica em Praga e outra em Bunzlau na Boêmia, e uma terceira em Cralitz na Morávia, onde a princípio não imprimiam nada a não ser a Bíblia para o povo da Boêmia em sua língua nativa. -
William Beattie, comenta:
- Embora os valdenses do Piemonte durante muitos séculos anteriores à época das grandes perseguições, fossem suficientemente diferentes em suas vidas e conversação para já serem tidos como suspeitos de não aceitarem as orientações e doutrinas da igreja, contudo, a pureza que tão notavelmente resplandecia de suas vidas, - seu caráter pacífico e a integridade moral de que eram distinguidos, ainda os escudavam da perseguição, e mesmo engrandecia os valdenses junto àqueles que entravam em contato com eles.
Assim, inculcando paz e boa vontade e vivendo na obscuridade para serem tidos como objetos de ressentimentos políticos, os valdenses tornaram-se os fiéis depositários da sagrada verdade que um dia haveria de criar profundas raízes no solo, e convidar nações para participar de seus frutos.
E na proporcão que a corrupção invadia a igreja romana, nos séculos IX, X, XI, os aspectos diferentes do credo de fé dos valdenses tornavam-se mais evidentes. Como uma lâmpada torna-se brilhante em meio à escuridão, o resplendor do exemplo dos valdenses tornavam-se mais e mais visível, e era cada vez mais sentido.
Mas isto, embora evidente a todos que entravam em contato, não foi ainda razão para destruir a paz deles. A influência de retidão moral, a íntegra observância àqueles preceitos que chegaram a eles provenientes dos primeiros pregadores do cristianismo, demonstraram-se para eles uma salvaguarda. Assim, embora não isentos de provas durante este tempo, os vales do Piemonte por um longo período eram um cenário de comparativa tranqüilidade. Seus barbes (pastores) e professores teológicos, treinavam seus jovens em um conhecimento das Escrituras Sagradas, e estenderam suas colônias em numerosas ramificações na Itália e países vizinhos. -
Foom, comenta:
- Até à época de Pedro Valdo, os habitantes do Norte da Itália, estiveram mais reclusos às suas terras e montes. No surgimento dos Homens Pobres de Leon, foi instituída uma nova ordem de pregadores, e os valdenses dos vales do Piemonte foram estimulados agora a um grande impulso missionário em todas as partes da Europa. Desta poderosa característica missionária os próprios inimigos dão testemunho - Passau, o inquisidor; Pilichdorf, Mape Buchar de Ursperg; Thuanus e outros.
A linguagem do inquisidor Passau é: “Os Leonistas são de antigos hereges, mais antigos que os arianos e os maniqueus. Os Pobres Homens de Leon como também os membros da seita mais antiga, são igualmente chamados de Leonistas, e são os hereges modernos, tendo sido fundada pelo rico comerciante de Leon. "
Na Itália os valdenses do Piemonte testemunharam contra as corrupções de Roma; espalharam-se pelas cidades da Lombardia, Nápoles, Cicília, Gênova e Calábria. Correspondiam-se com os irmãos de outros países. Crentes valdenses estavam dispersos, não somente na Itália, mas na Áustria, Suécia, Alemanha, Hungria, Polônia, Morávia e Boêmia. Mas o principal centro deles era Milão.
Quando a perseguição aumentou o centro era os vales Alpinos, pois a perseguição não foi muito drástica até o começo do século XIV, e piorou depois da Reforma. -
Samuel Morland, comenta:
- Os valdenses foram continuamente reconhecidos como o elo de ligação entre a igreja primitiva e a Reforma do Século XVI: “Assim nos vales do Piemonte a tocha da verdade chegou a Claudio,arcebispo de Torino; dele para seus díscipulos e desses discípulos para as gerações seguintes nos séculos IX e X, chegando às mãos de Pedro Brus e depois para Pedro Valdo, e deste para Dulcinus; e deste para Marcilius, chegando às mãos de Wicleff, Huss, Jerônimo de Praga, e finalmente para Lutero e Calvino. -
Samuel Edgar, comenta:
- Impelidos apenas pelo poder da Verdade Triunfante, os valdenses se espalharam pela Europa. Quão extensa foi a obra deste nobre povo pode ser visto nas palavras de Samuel Edgar: “Os valdenses, assim como eram antigos eram também numerosos. Vignier dá uma idéia de sua população. Os valdenses, diz este autor, multiplicaram-se maravilhosamente na França como também em outros países da cristandade. Tinham muitos patronos na Alemanha, França, Itália, e especialmente na Lombardia, não obstante os esforços do papado de exterminá-los. .
Esta seita diz Nangis, eram infinitos em número; Aparecem , diz Reinerus, em quase todos os países; multiplicaram-se, diz Sanderus, através de todas as terras; infectaram, diz Caesarus, mil cidade; e espalharam seu contágio, diz Ciaconius, através de quase todo o mundo latino; quase nenhuma região, diz Gretzer, permaneceu livre e incontaminada por esta pestilência; os valdenses, diz Popliner, espalharam-se não somente pela França, mas também por quase toda a costa da Europa, e apareceram na Gaulia, Espanha, Escócia, Itália, Alemanha, Boêmia, Saxônia, Polônia e Lituânia; Mateus de Paris representa este povo como espalhado através da Bulgária, Croácia, Dalmatia, Espanha e Alemanha.
Seu número de acordo com Benedito era prodigioso na França, Inglaterra, Piemonte, Cicília, Calábria, Polônia, Boêmia, Saxônia, Pomerania, Alemanha,Livonia, Sarmatia, Constantinopla e Bulgária. "- Edgar, The Variations of Popery, págs. 51,52.
J. A. Wylie, comenta:
- Não houve reino algum, no centro e no sul da Europa, onde os missionários valdenses não penetrassem, e não deixavam nenhuma pista de sua visita nos discípulos que eles formavam.
No ocidente eles penetraram na Espanha. No Sul da França encontraram amigos companheiros nos albigenses, por quem as sementes da verdade foram amplamente espalhadas em Dauphine e Languedoque. Ao oriente, descendo os rios Reno e Danúbio, eles levedaram a Alemanha, Boêmia e a Polônia com suas doutrinas, - e sua passagem sendo marcada por templos de adoração e as fogueiras do martírio que acompanhavam seus caminhos. Leger diz que os valdenses no ano 1210, tinham igrejas na Slovonia, Sarmatia e Livonia. -
E. G. White, comenta:
- Assim os valdenses testemunharam de Deus, séculos antes do nascimento de Lutero. Dispersos em muitos países, plantaram a semente da Reforma que se iniciou no tempo de Wicleff, cresceu larga e profundamente nos dias de Lutero, e deve ser levada avante até ao final do tempo por aqueles que também estão dispostos a sofrer todas as coisas pela "Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. "Apc. 1:9- O Grande Conflito, pág. 75