

Lição 11 - Sábado, 16 de junho de 2018
Se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas (Mateus 6:15).
Não há desculpas para um espírito indisposto a perdoar. Aquele que é implacável com os outros demonstra que ele próprio não é um participante da graça perdoadora de Deus. No perdão de Deus, o coração do errante é atraído para perto do grande coração do Infinito Amor. A maré da divina compaixão flui para a alma do pecador, e dele para as almas dos outros. — Parábolas de Jesus, p. 251.
Estudo adicional: Parábolas de Jesus, pp. 243-251 (capítulo 19: “Como é alcançado o perdão”).
Domingo, 10 de junho
1. DEVEMOS SER LONGÂNIMOS
A. Que lição Jesus tentou ensinar a Pedro quanto à forma como entendia o perdão? Mateus 18:21-22.
Mt 18:21 e 22 — Então Pedro, aproximando-se dele, Lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? 22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.
Os rabinos limitavam o exercício do perdão até três ofensas. Pedro, cumprindo como entendia ser o ensino de Cristo, pensou em estender até sete — o número da perfeição. Mas Cristo ensinou que nunca devemos nos cansar de perdoar. — Parábolas de Jesus, p. 243.
B. Como deveríamos tratar aqueles que nos prejudicam? Por quê? Lucas 17:3; Gálatas 6:1.
Lc 17:3 — Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe.
Gl 6:1 — Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado.
Geralmente, quando erros são cometidos repetidas vezes, e o errante confessa sua culpa, o magoado se cansa e pensa já ter perdoado o suficiente. [...]
Se seus irmãos errarem, você deve perdoá-los. [...] Não diga: [...] “Não acho que tenham se arrependido de verdade”. Que direito você tem de julgá-los, como se pudesse ler o coração deles? [...] E não apenas sete vezes, mas até setenta vezes sete — com a mesma frequência com que Deus perdoa a você. — Ibidem, pp. 249 e 250.
Segunda-feira, 11 de junho
2. UMA GRANDE DÍVIDA PERDOADA
A. Na parábola dos devedores, que fatalidade estava prestes a ocorrer com um servo que tinha uma grande dívida para com o rei? Mateus 18:23-25.
Mt 18:23-25 — Por isso o Reino dos Céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; 24 e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; 25 mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida.
B. Qual foi a reação do rei à súplica do servo por misericórdia? Mateus 18:26 e 27.
Mt 18:26 e 27 — Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. 27 O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida.
O perdão concedido pelo rei [da parábola] representa o perdão divino para todo pecado. Cristo é representado pelo rei, que, movido de compaixão, perdoou a dívida de seu servo. O homem estava sob a condenação da Lei transgredida. Ele não podia salvar a si mesmo, e por essa razão Cristo veio a este mundo, revestiu Sua divindade com a humanidade, e entregou Sua vida, o Justo pelos injustos. Entregou-Se por nossos pecados, e para toda alma ele oferece livremente o perdão comprado por Seu sangue. “Com o Senhor há benignidade, e com Ele há copiosa redenção” (Salmos 130:7). — Parábolas de Jesus, pp. 244 e 245.
C. Visto que Jesus nos concedeu um abundante perdão pelos nossos próprios pecados, essa dádiva nos coloca sob que obrigação? 1 João 4:11; Mateus 10:8.
1Jo 4:11 — Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.
Mateus 10:8 — Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Não há pecados que [Deus] não perdoe em e por meio do Senhor Jesus. Esta é a única esperança do pecador, e se ele apoia aqui sua fé sincera, tem a certeza de perdão pleno e livre. Há somente um canal acessível a todos, e por meio desse canal um perdão rico e abundante aguarda a alma penitente e contrita, cujos pecados mais negros são perdoados. — A fé pela qual eu vivo, p. 102.
Nós mesmos devemos tudo à livre graça de Deus. A graça do concerto ordenou nossa adoção. A graça do Salvador operou nossa redenção, nossa regeneração e nossa exaltação à herança de Cristo. Deixe essa graça ser revelada a outros. — Parábolas de Jesus, p. 250.
Não há desculpas para um espírito indisposto a perdoar. Aquele que é implacável com os outros demonstra que ele próprio não é um participante da graça perdoadora de Deus. No perdão de Deus, o coração do errante é atraído para perto do grande coração do Infinito Amor. A maré da divina compaixão flui para a alma do pecador, e dele para as almas dos outros. A ternura e misericórdia que Cristo revelou em Sua própria vida preciosa serão vistas naqueles que se tornam participantes de Sua graça. — Ibidem, p. 251.
Terça-feira, 12 de junho
3. ALIMENTANDO UM ESPÍRITO IRRECONCILIÁVEL
A. Como aquele servo, cuja enorme dívida fora perdoada, tratou um de seus conservos que lhe devia um pequeno valor? Mateus 18:28-30.
Mt 18:28-30 — Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. 29 Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. 30 Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Na parábola, quando o devedor pediu um adiamento com a promessa: “Sê paciente comigo e eu tudo te pagarei”, a sentença foi cancelada. A dívida inteira foi anulada. Em seguida, foi-lhe dada a oportunidade de imitar o exemplo do mestre que o perdoara. Ao sair, encontrou um conservo que lhe devia uma pequena quantia. Ele mesmo tivera uma dívida de dez mil talentos perdoada; o conservo lhe devia cem denários. Mas aquele que recebera tanta misericórdia tratou seu companheiro de trabalho de uma forma completamente diferente. Seu devedor fez uma súplica semelhante à que ele fizera ao rei, mas sem um resultado parecido. Aquele que há pouco fora totalmente perdoado não era compassivo e piedoso. A misericórdia demonstrada para com ele não foi exercida ao tratar com o seu companheiro. — Parábolas de Jesus, p. 245.
B. O que o rei fez quando soube dessa ação implacável? Mateus 18:31-34. Que lição essa parábola nos ensina?
Mt 18:31-34 — Vendo, pois os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. 32 Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida porque me suplicaste; 33 não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? 34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos[1], até que pagasse tudo o que lhe devia.
Aquele que se recusa a perdoar está, por esse meio, afastando sua própria esperança de perdão. — Ibidem, p. 247.
C. Que exemplo de perdão Jesus nos deixou em Sua própria vida? 1 Pedro 2:23; Lucas 23:34. Como muitas vezes falhamos neste aspecto?
1Pe 2:23 — Sendo injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-Se Àquele que julga justamente.
Lc 23:34 — Jesus, porém, dizia: Pai perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. Então repartiram as vestes dEle, deitando sortes sobre elas.
Precisamos ter o amor de Cristo para não acariciarmos um espírito não disposto a perdoar. Não pensemos que, a não ser que aqueles que nos prejudicaram confessem seus erros, estamos justificados em recusar-lhes o perdão. Não devemos guardar nossas mágoas, mantendo-as em nosso coração até que a pessoa a quem julgamos culpada se humilhe pelo arrependimento e confissão. [...] Por mais dolorosa que seja a ferida em nosso coração, não devemos guardar nossas queixas e lamentar nossas dores, mas da mesma forma que esperamos que Deus perdoe nossas ofensas, assim devemos perdoar aqueles que nos fizeram mal. — Filhos e filhas de Deus, p. 144.
Quarta-feira, 13 de junho
4. CONDIÇÃO PARA SER PERDOADO
A. Que princípio perdoador Jesus apresenta na oração que ensinou aos discípulos? Mateus 6:12, 14 e 15. Qual é a única forma de proferirmos essa oração com sinceridade?
Mt 6:12, 14 e 15 — E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; [...] 14 porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.
Aqui, uma grande bênção é concedida sob condições. Nós mesmos estabelecemos essas condições. Pedimos que a misericórdia de Deus para conosco seja avaliada pela misericórdia que oferecemos aos outros. Cristo declara que essa é a regra pela qual o Senhor irá nos tratar: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas” (Mateus 6:14 e 15). Condições maravilhosas! Mas quão pouco compreendidas e obedecidas elas são! Um dos pecados mais comuns, cuja condescendência atrai os resultados mais perniciosos, é a tolerância de um espírito irreconciliável. Quantos toleram rancor e vingança, e depois se curvam diante de Deus para pedir perdão assim como perdoam aos que os têm ofendido! Certamente não têm um senso verdadeiro da importância dessa oração, ou não ousariam pronunciá-la. Dependemos diariamente e a cada hora da misericórdia redentora de Deus; como, então, podemos tolerar amargura e maldade para com nossos semelhantes pecadores? — A maravilhosa graça de Deus, p. 328.
B. O que podemos esperar se manifestarmos um espírito irreconciliável para com os outros, e por quê? Mateus 6:15; Mateus 18:34 e 35.
Mt 6:15 — Se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.
Mt 18:34 e 35 — E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. 35 Assim vos fará Meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um, a seu irmão.
Não somos perdoados porque perdoamos, mas como perdoamos. A base de todo perdão é encontrada no imerecido amor de Deus, mas pela nossa atitude em relação aos outros, demonstramos se temos nos apropriado desse amor. Por isso, Cristo diz: “Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós” (Mateus 7:2). — Parábolas de Jesus, p. 251.
C. Como podemos mostrar aos outros o verdadeiro perdão? Efésios 4:32.
Ef 4:32 — Antes, sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
Que a ternura e misericórdia reveladas na própria vida preciosa de Jesus possam ser um exemplo para nós quanto à maneira pela qual devemos tratar nossos semelhantes. — Minha consagração hoje, p. 235.
Quinta-feira, 14 de junho
5. AMOR INSPIRA PERDÃO
A. Que troca Cristo operou em nosso favor? 1 Pedro 3:18.
1Pe 3:18 — Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o Justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito.
Cristo foi tratado como merecemos, para que pudéssemos ser tratados como Ele merece. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que pudéssemos ser justificados pela Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Ele sofreu a morte que era nossa, para que recebêssemos a vida que era dEle. “Pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). — O Desejado de Todas as Nações, p. 25.
B. Que retribuição Jesus pede de nós? João 13:34.
Jo 13:34 — Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.
Muitas vezes você precisou do perdão de Jesus. Tem dependido constantemente de Sua compaixão e amor. Mesmo assim, por que ainda não conseguiu manifestar aos outros o espírito que Cristo usou ao lidar com você? Já se sentiu oprimido ao ver alguém se aventurar em caminhos proibidos? Aconselhou-o gentilmente? Chorou e orou com ele e por ele? Tem demonstrado por palavras de ternura e atos gentis que o ama e deseja salvá-lo? — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 610.
Sexta-feira, 15 de junho
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Qual deve ser a nossa atitude quando nosso irmão ou irmã nos magoa várias vezes, e após cada uma delas diz estar arrependido? Por quê?
2. Como devemos aprender a suportar os outros? Se somos incapazes de suportar nossos irmãos e irmãs, o que isso revela sobre nós?
3. Se aqueles que nos prejudicaram não confessam suas más ações, o que devemos fazer? Por quê?
4. O que nos falta quando deixamos de perdoar os outros?
5. Como podemos demonstrar a compaixão e o perdão de Cristo àqueles que se desviaram da fé?
[1] Verdugo: Pessoa responsável pela execução da pena de morte ou de outros castigos físicos; carrasco, algoz. Indivíduo cruel, que inflige maus-tratos em outros; torturador.