

Capítulo 15 — Promessas solenes
O propósito de Deus para marido e mulher
Do homem Deus fez a mulher, para ser-lhe companheira e ajudadora, para ser uma com ele, para alegrá-lo, encorajá-lo e abençoá-lo, sendo-lhe ele por sua vez um forte ajudador. Todos os que se casam com santo propósito — marido para conquistar as puras afeições do coração da esposa; a esposa para abrandar e aperfeiçoar o caráter do seu esposo e ser-lhe complemento — preenchem o propósito que Deus tem para eles.
Cristo não veio para destruir esta instituição, mas para restaurá-la em sua original santidade e elevação. Ele veio para restaurar a imagem moral de Deus no homem, e iniciou Sua obra sancionando a relação matrimonial. — Manuscrito 16, 1899.
Aquele que deu Eva a Adão por companheira, operou Seu primeiro milagre numa festa de casamento. Na sala festiva em que amigos e parentes se alegravam juntos, Cristo começou Seu ministério público. Sancionou assim o casamento, reconhecendo-o como instituição por Ele mesmo estabelecida. Ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. — A Ciência do Bom Viver, 356.
Jesus deseja que os casamentos sejam felizes
O amor divino que procede de Cristo nunca destrói o amor humano, mas o inclui. Por ele é o amor humano refinado e apurado, elevado e enobrecido. O amor humano jamais produz seus preciosos frutos até que esteja unido com a natureza divina e treinado para crescer rumo ao Céu. Jesus deseja ver casamentos e lares felizes. — The Bible Echo, 4 de Setembro de 1899.
Como todas as outras boas dádivas de Deus confiadas à humanidade, o casamento tem sido pervertido pelo pecado; mas é propósito do evangelho restaurá-lo em sua pureza e beleza. ...
A graça de Cristo, e somente ela, pode tornar esta instituição o que Deus deseja que fosse: um instrumento de bênção e elevação da humanidade. E assim as famílias da Terra, em sua união, paz e amor possam representar a família do Céu.
A condição da sociedade apresenta um triste reflexo do ideal do Céu desta sagrada relação. Entretanto, mesmo para os que encontraram amargura e fundo desapontamento onde haviam esperado encontrar companheirismo e alegria, o evangelho de Cristo oferece um consolo. — The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1908.
Uma ocasião de júbilo
As Escrituras afirmam que tanto Jesus como Seus discípulos foram convidados a esta festa (em Caná). Cristo não deu permissão aos cristãos para dizerem, quando convidados para um casamento: “Não devemos estar presentes em tão jubilosa ocasião.” Assistindo a esta festa, Cristo ensinou que desejava rejubilássemos com os que se rejubilam na observância dos Seus estatutos. Ele jamais desencorajou inocentes festividades da família humana quando dirigidas de acordo com as leis do Céu. Uma reunião que Cristo honrou com Sua presença merece que Seus seguidores a assistam. Depois de Se apresentar nesta festa, Cristo assistiu a muitas outras, santificando-as por Sua presença e instrução. — Manuscrito 16, 1899.
O que é impróprio num casamento
Cerimônias de casamento são usadas como ocasião de exibicionismo, extravagância e condescendência. Mas se as partes contraentes estão de acordo na crença e prática religiosa, sendo tudo coerente, e a cerimônia é conduzida sem ostentação e extravagância, o casamento neste tempo não necessita ser um desprazer para Deus. — The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888.
Não há razão para fazermos grande pompa ou exibição, ainda que as partes contraentes sejam perfeitamente talhadas uma para a outra. — Testimonies for the Church 4:515.
Sempre me tem parecido impróprio ver a cerimônia de casamento associada com risos, algazarra e um pretexto para coisas desse tipo. Não. O casamento é uma ordenação de Deus, e deve ser olhado com a maior solenidade. Como a relação de família é formada aqui embaixo, deve dar uma demonstração do que será a família no Céu em cima. A glória de Deus deve ser sempre a primeira preocupação. — Manuscrito 170, 1905.
Um casamento no lar da Sra. White
Cerca de 11 horas de terça-feira nossa grande sala de jantar foi preparada para a cerimônia nupcial. O irmão B oficiou na cerimônia, e esta decorreu satisfatoriamente. Foi solicitado... que a irmã White fizesse oração após a cerimônia. O Senhor me deu especial liberdade. Meu coração estava tocado e subjugado pelo Espírito de Deus. Não houve nesta ocasião gracejos levianos ou expressões tolas. Tudo foi solene e sagrado em relação com este casamento. Foi tudo de caráter elevado e profundamente impressionante. O Senhor santificou este casamento, e os recém-casados agora uniram os seus interesses para trabalhar no campo missionário, a fim de buscar e salvar o que se havia perdido. Deus os abençoará em Sua obra se andarem humildemente com Ele, descansando inteiramente em Suas promessas. — Manuscrito 23, 1894.
A união de duas vidas
* Este é um importante momento na história daqueles que estão diante de vós para unir seus interesses, suas simpatias, seu amor, seu trabalho no ministério de salvar almas. Na relação matrimonial é dado um passo muito importante: a união de duas vidas numa só. ... Está em harmonia com a vontade de Deus que o marido e a esposa se unam em Seu trabalho, a fim de promovê-lo em inteireza e santidade. Eles podem fazer isto.
A bênção de Deus no lar onde esta união existe é como a luz do Céu, porque é uma ordenação de Deus que o homem e a mulher se unam em santo laço, sob Jesus Cristo, sob Seu controle e a guia do Seu Espírito. ...
Deus deseja que o lar seja o lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo, descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade nesta união que os anjos de Deus louvam.
O casamento não diminui sua prestatividade, mas fortalece-a. Eles podem fazer da vida de casados um ministério para salvação de almas para Cristo; e eu sei do que falo, pois durante trinta e seis anos meu marido e eu estivemos unidos, e fomos a cada lugar que o Senhor nos mandou ir. Neste assunto sabemos que temos a aprovação de Deus na relação matrimonial. Portanto ela é uma solene ordenação. ...
E agora posso nesta oportunidade tomar pela mão este nosso irmão... e tomamos pela mão a ti, sua esposa, e apelamos para que leveis unidos a obra de Deus. Eu diria: Fazei de Deus vosso conselheiro. Uni-vos, uni-vos ambos. — Manuscrito 170, 1905.
Conselho a um novo casal
Caro irmão e irmã: Vós vos unistes em um concerto vitalício. Começou vossa educação na vida conjugal. O primeiro ano de vida matrimonial é ano de experiência, ano em que, como a criança aprende lições na escola, marido e mulher descobrem mutuamente os diferentes traços de caráter. Nesse primeiro ano de vossa vida conjugal, não permitais que haja capítulos que manchem vossa felicidade futura. ...
Meu irmão, o tempo, a força e a felicidade de tua esposa acham-se agora ligados aos teus. Tua influência sobre ela pode ser um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Sê muito cuidadoso para lhe não estragar a vida.
Minha irmã, vais agora aprender tuas primeiras lições práticas no tocante às responsabilidades da vida conjugal. Exerce cuidado para aprender fielmente essas lições, dia a dia. ... Guarda-te constantemente de ceder ao egoísmo.
Em vossa vida vitalícia, vossas afeições deverão ser tributárias à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a vosso respeito. Mas, ao mesmo tempo que vos deveis unir em um só ser, nenhum de vós deverá perder na do outro, sua própria individualidade. Deus é o dono de vossa individualidade. A Ele deveis perguntar: Que é direito? que é errado? Como poderei eu melhor cumprir o propósito de minha criação? — Testemunhos Selectos 3:95.
Um compromisso diante de testemunhas celestiais
Deus ordenou que haja perfeito amor e harmonia entre os que se casam. Que os noivos, na presença do universo celestial, se comprometam a amar um ao outro como Deus ordenou que façam. ... A esposa deve respeitar e acatar o marido, e este deve amar sua esposa e tratá-la com carinho. — The Bible Echo, 4 de Setembro de 1899.
Homens e mulheres no início da vida matrimonial, devem-se reconsagrar a Deus. — Manuscrito 70, 1903.
Sede tão firmes aos votos matrimoniais como o aço, recusando-vos, por pensamentos, palavras e ação, a manchar vosso registro, como um homem que teme a Deus e guarda os Seus mandamentos. — Carta 231, 1903. {LA 104.1}
Capítulo 16 — Companheirismo feliz
A verdadeira união, uma experiência contínua
Alcançar a devida compreensão da relação matrimonial é obra da vida inteira. Os que se casam ingressam numa escola onde nunca, nesta vida, se diplomarão. — Testemunhos Selectos 3:95.
Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no casamento, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em casamento é obra dos anos subsequentes. — A Ciência do Bom Viver, 359, 360.
Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o devido procedimento. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados: mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. — A Ciência do Bom Viver, 359, 360.
Seja o amor provado e experimentado
A afeição poderá ser clara como cristal e formosa em sua pureza e, contudo, ser superficial, por não ter sido provada nem refinada. Fazei de Cristo em tudo o primeiro, o último e o melhor. Contemplai-O constantemente, e, à medida que se for submetendo à prova, vosso amor a Ele se tornará dia a dia mais profundo e mais forte. E ao crescer vosso amor a Ele, também vosso amor mútuo há de crescer, aprofundar-se e fortalecer-se. — Testemunhos Selectos 3:96.
Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e desânimo, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. — A Ciência do Bom Viver, 360.
Todos devem cultivar a paciência pela prática da paciência. Sendo bondosos e perdoadores, o verdadeiro amor pode ser mantido quente no coração, e se desenvolverão qualidades que o Céu aprovará. — The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886.
O inimigo procurará provocar separação
Satanás está sempre pronto para tirar vantagem quando surge qualquer ponto controvertido, e pondo em movimento os objetáveis traços hereditários de caráter no marido e na mulher, procurará levar à separação os que uniram seus interesses em solene concerto diante de Deus. No voto matrimonial prometeram ser um, comprometendo-se a esposa a amar e obedecer ao marido, este prometendo amar sua esposa e tratá-la com carinho. Se a lei de Deus é obedecida, o demônio da contenda será conservado fora do lar, e não ocorrerá separação de interesses, nem será permitida alienação das afeições. — Carta 18a, 1891.
Conselho a um casal voluntarioso
Nem o marido nem a mulher deve buscar dominar. O Senhor estabeleceu o princípio que guiará esse assunto. O marido deve amar a mulher como Cristo à igreja. E a mulher deve respeitar e amar o marido. Ambos devem cultivar espírito de bondade, resolvidos a nunca ofender ou prejudicar o outro. ...
Não procureis obrigar o outro a proceder como desejais. Não podereis fazer isso e ao mesmo tempo conservar o amor mútuo. Manifestações de vontade própria destroem a paz e a felicidade do lar. Não permitais que vossa vida conjugal seja de contenda. Se o permitirdes, sereis ambos infelizes. Sede bondosos nas palavras e delicados no trato, renunciando a vossos próprios desejos. Vigiai bem as vossas palavras; pois exercem influência poderosa para o bem ou para o mal. Não permitais aspereza alguma da voz. Trazei para vossa vida conjugal a fragrância da semelhança de Cristo. — Testemunhos Selectos 3:96, 97.
O amor expresso em palavras e obras
Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza e mantêm uma reserva que repele aos outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. ...
Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres. — A Ciência do Bom Viver, 360, 361.
A razão por que há em nosso mundo tantos homens e mulheres de coração empedernido é que a verdadeira afeição tem sido considerada como fraqueza, sendo consequentemente desencorajada e reprimida. A melhor parte da natureza das pessoas desta classe foi pervertida e amesquinhada na infância; e a menos que os raios da luz divina derretam sua frieza e endurecido egoísmo, sua felicidade estará enterrada para sempre. Se queremos ter coração terno, como o tinha Jesus quando esteve na Terra, e santificada simpatia, como a têm os anjos pelos pecadores mortais, precisamos cultivar as simpatias da infância, que são a simplicidade em si. Então seremos refinados, elevados e dirigidos por princípios celestiais. — Testimonies for the Church 3:539.
Cuidados e fardos em demasia estão sendo levados para nossas famílias, e muito pouco da natural simplicidade, paz e felicidade é acariciado. Devia haver menos preocupação pelo que o mundo exterior dirá e mais profunda atenção para com os membros do círculo familiar. Deve haver menos ostentação e afetação de polidez mundana, e mais ternura e amor, alegria e cortesia cristã entre os membros da família. Muitos precisam aprender como tornar o lar atrativo, um lugar de prazer. Corações agradecidos e bondoso olhar são mais valiosos que riqueza e luxo; e o contentamento com as coisas simples tornará o lar feliz se nele existir o amor. — Testimonies for the Church 4:621, 622.
Pequenas atenções têm o seu peso
Deus experimenta e prova-nos pelas ocorrências comuns da vida. São as pequenas coisas que revelam os capítulos do coração. São as pequenas atenções, os numerosos incidentes pequeninos e as simples cortesias da vida, que formam a soma da felicidade da existência; e é a negligência das palavras bondosas, animadoras e afetuosas, e das pequenas cortesias da vida que ajudam a formar o todo da infelicidade da existência. Verificar-se-á afinal que a negação do próprio eu pelo bem e felicidade dos que nos rodeiam constitui grande parte do registro da vida no Céu. E revelar-se-á também o fato de que, o cuidado do eu, sem consideração para com o bem e a felicidade de outros, não escapa à observação de nosso Pai celeste. — Testemunhos Selectos 1:208.
Um esposo que não expressava afeição
Um lar que tenha amor, onde o amor é expresso em palavras, olhares e ações, é um lugar onde os anjos gostam de manifestar sua presença e consagrar a cena pelos raios de luz da glória. Ali as humildes obrigações domésticas têm o seu encanto. Nenhum dos deveres da vida, sob tais circunstâncias, será desagradável para a esposa. Ela os desempenhará com alegria de espírito e será como que um raio de sol a todos que a rodeiam, e em seu coração haverá melodias ao Senhor. No momento ela sente que não é dona das afeições de teu coração. Tem-lhe dado ocasião de assim pensar. Tens cumprido tuas tarefas como cabeça da família, mas há uma falta. Há séria falta da preciosa influência do amor que leva a delicadas atenções. O amor deve ser visto no olhar e nas maneiras, e ouvido nos tons da voz. — Testimonies for the Church 2:417, 418.
Uma esposa decepcionante e egoísta
O caráter moral dos que se unem em casamento será degradado ou elevado nessa união; e a obra de deterioração consequente de uma natureza baixa, decepcionante, egoísta e incontrolada começa logo após a cerimônia matrimonial. Se o rapaz faz uma escolha sábia, terá a seu lado alguém que levará até o máximo de suas forças a parte que lhe toca dos fardos da vida, alguém que o enobrecerá e refinará, e fá-lo-á feliz em seu amor. Mas se a esposa é de caráter impulsivo, narcisista, exatora, acusadora, culpando o esposo por motivos e sentimentos que se originam exclusivamente em seu temperamento pervertido; se não possui discernimento e senso discriminativo para reconhecer-lhe o amor e apreciá-lo, mas fala de negligência e falta de amor porque ele não lhe satisfaz cada capricho, quase que inevitavelmente ela acarretará o estado de coisas que parece deplorar; faz que todas essas acusações se tornem realidade. — Carta 10, 1889.
Características de uma esposa e mãe sociável
Em vez de se adaptar às exigências da moda, tenham as mulheres a força moral de se vestirem saudável e singelamente. Em lugar de se entregar a uma verdadeira labuta, procure a esposa e mãe encontrar tempo para ler, para se manter bem informada, para ser uma companheira a seu marido, e se conservar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Empregue ela sabiamente as oportunidades que tem agora de influenciar os seus queridos para aquela vida mais elevada. Tome tempo para tornar o querido Salvador um companheiro diário, um amigo familiar. Consagre tempo ao estudo de Sua Palavra, para levar as crianças aos campos, e aprender a conhecer a Deus mediante a beleza de Suas obras.
Mantenha-se ela animosa e alegre. Em vez de passar todos os momentos num costurar sem fim, faça do serão um aprazível período social, uma reunião de família depois dos deveres do dia. Muito homem seria assim levado a preferir o convívio de seu lar, em vez de o clube e o bar. Muito menino seria guardado contra a rua e o bar da esquina. Muita menina seria salva de associações frívolas, que não levam a bom caminho. A influência do lar seria tanto para os pais como para os filhos, aquilo que era o desígnio de Deus que fosse, uma bênção que se estendesse por toda a vida. — A Ciência do Bom Viver, 294.
A vida de casado não é toda ela um romance; tem suas dificuldades reais e suas minúcias domésticas. A esposa não se deve considerar uma boneca para ser mimada, mas uma mulher; alguém que deve carregar fardos reais, não imaginários, e viver uma vida compenetrada, inteligente, considerando que há outras coisas mais para pensar do que apenas em si. ... A vida real tem suas sombras e suas tristezas. Problemas sobrevêm a toda alma. Satanás está constantemente operando para demolir a fé e destruir a coragem e esperança de cada um. — Carta 34, 1890.
Conselho a um casal infeliz
Vossa vida de casados tem sido muito semelhante a um deserto — apenas um ou outro ponto verdejante para serem lembrados com prazer. Não há necessidade de ser assim. O amor não pode existir sem revelar-se em atos externos, como o fogo não pode manter-se vivo sem queimar. Tu irmão C, tens suposto estar abaixo de tua dignidade manifestar carinho por atos bondosos e buscar oportunidade de demonstrar afeição a tua esposa mediante palavras ternas e trato afável. És susceptível de mudar em teus sentimentos e de te deixares afetar demasiado pelas circunstâncias. ... Deixa teus negócios, cuidado, perplexidades e contrariedades quando deixares teus afazeres. Vem para teu lar com a fisionomia alegre, com simpatia, bondade e amor. Isso será melhor que gastar dinheiro com remédios ou médicos para tua esposa. Será saúde para o corpo e vigor para a alma. A vida de ambos tem sido muito desastrosa. Ambos têm tido culpa em fazê-la assim. Deus não Se agrada com vossa desgraça; vós a haveis atraído sobre vós pela falta de autocontrole.
Deixas que os sentimentos vacilem. Pensas, irmão C, estar abaixo de tua dignidade manifestar amor, falar bondosa e afetuosamente. Todas essas palavras de bondade, pensas, sugerem frouxidão e fraqueza, e são desnecessárias. Mas em lugar delas vêm palavras impacientes, de discórdia, atritos e censura. ...
Não possuis os elementos de um espírito cordato. Demoras-te em teus dissabores; necessidades e pobreza imaginárias antecipadas te fixam na face; sentes-te angustiado, aflito, torturado; teu cérebro parece em fogo, deprimido teu espírito. Não aprecias o amor de Deus e não manifestas gratidão de coração por todas as bênçãos que teu bondoso Pai celestial te tem concedido. Vês tão-somente os desconfortos da vida. Uma insanidade mundana te envolve como pesadas nuvens de trevas espessas. Satanás exulta sobre ti, porque terás angústia quando a paz e felicidade estão ao teu dispor. — Testemunhos Selectos 3:99.
Amor mútuo e tolerância recompensados
Sem mútuo amor e tolerância mútua nenhum poder terreno pode manter-te a ti e a tua esposa nos laços da unidade cristã. Vosso companheirismo na relação matrimonial deve ser íntimo e terno, santo e elevado, insuflando poder espiritual em vossas vidas, para que possais ser um para o outro tudo que a Palavra de Deus requer. Quando alcançardes a condição que o Senhor deseja alcanceis, encontrareis o Céu cá embaixo e Deus em vossa vida. — Carta 18a, 1891.
Lembrai, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguireis fazer-vos mutuamente felizes, como prometestes em vosso voto matrimonial. — Testemunhos Selectos 3:99.
Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, porém mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável. — A Ciência do Bom Viver, 362.