Representante da religião verdadeira
O obreiro da Escola Sabatina, verdadeiramente convertido, não será moldado segundo os costumes e práticas mundanos, mas permanecerá em independência moral. Seu exemplo estará de acordo com sua profissão, mantendo-se ele separado do espírito e das modas do mundo. Não se desviará de maneira alguma de seu firme propósito de ser um com Cristo, nem cederá um jota de sua atitude de fidelidade a Deus, em oposição ao orgulho, à condescendência com entretenimentos egoístas, ao dispêndio de meios para satisfazer à inclinação ou ao amor da ostentação, mas será um exemplo no espírito, comportamento e vestuário.
Obreiro da Escola Sabatina, queres satisfazer à norma de Cristo ou à do mundo? Oh, queres dizer: “Tomarei a cruz e seguirei a Cristo”? Não queres cultivar Sua ternura em persuadir, Seu fervor em exortar, exemplificando e exaltando os princípios da verdade, manifestando na vida e no caráter o que a religião de Cristo tem feito por ti? Não atenderemos todos nós à exortação do apóstolo: “Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências”? Romanos 13:14.
Há necessidade de apresentar à juventude a verdadeira religião, que se provará um poder vital, uma influência que tudo penetra. De uma íntima devoção, surgirão alegria, vivacidade e contínuo crescimento e é essa a religião que a juventude deve contemplar, se deve ser levada a Cristo. Essa espécie de religião deixará nas pessoas seu divino cunho e, pela refrigerante graça de Deus, o que a possui se renovará tanto mental como fisicamente.
Experimentai durante um ano, educadores e professores de nossas Escolas Sabatinas e diárias, e vede se não sois capazes de dizer: “O Senhor operou maravilhosamente em nosso favor, pois muitas pessoas foram trazidas para o Mestre, como preciosos molhos para o celeiro celestial.” — Testimonies on Sabbath School Work, 44, 45.
Exame próprio
O Senhor deseja que os professores de nossas Escolas Sabatinas se examinem para ver se estão ou não no amor de Deus. Na vida de todos os que trabalham na causa divina, virão provações da parte de Deus, para provar o caráter. Os professores devem aprender constantemente e procurar mais completo entendimento, um juízo correto nas coisas de Deus. Há perigo de que os professores, tornando-se tão cheios de confiança e estima próprias que não compreendam as próprias deficiências, tenham idéias estreitas e não se alarguem nem expandam. Não se tornam mais capazes, mas cada vez mais cheios de si. Não têm a Jesus no coração e na experiência. O professor deve cultivar suas faculdades, sua voz, a fim de falar distintamente, articulando inteligentemente as palavras. Deve cultivar as faculdades mentais, em vez de deixá-las tão fracas e confusas que não possa explicar ou compreender as doutrinas de nossa fé. Não é apto para a grande e solene obra o professor que não tiver sincera piedade, pureza, abnegação e não for pronto para suportar decepções. É dever do professor testar suas faculdades, seu próprio espírito e, mediante íntimo exame, compreender sua verdadeira posição diante de Deus. ...
O exemplo do professor
Se não estiver plenamente qualificada, mas sentir sua responsabilidade, a pessoa que deverá aceitar o cargo de professor fará o máximo possível para aprender. Cultivará a reverência, jovialidade e firmeza. Seja o comportamento de molde a educar a classe a ter pensamentos solenes a respeito de Deus e a reverenciá-Lo. Ao falar de Deus, de Cristo, Seus sofrimentos, Sua ressurreição, como sendo realidade para vós, conquanto as idéias possam ser apresentadas com simplicidade, a linguagem deve elevar a mente muito acima das coisas terrenas, fazendo-lhe sentir que está na presença do infinito Deus.
A Escola Sabatina não é lugar para os que tocam levemente a superfície e, num espírito de leviandade, falam fluentemente acerca de eternas e difíceis verdades, mais elevadas que os céus e mais vastas que os mundos.
O comportamento da classe representará o caráter do professor no exemplo que eles têm perante si. Se são rudes e irreverentes, e continuam a sê-lo, há para isso uma causa, e o assunto deve ser examinado.